A morte foi confirmada pelo ministro do Interior venezuelano, Justiça e Paz, Néstor Reverol, através da rede social Twitter, que escreveu que a vítima foi "golpeada na cabeça, no passado dia 19 de abril, com uma garrafa de água congelada, lançada desde um edifício em La Candelária (centro)", quando participava numa manifestação em apoio do Presidente Nicolás Maduro.
Nesse mesmo dia, 19 de abril, outras três pessoas faleceram, quando decorriam manifestações promovidas pela oposição. Uma mulher de 23 anos de idade, em San Cristóbal (Estado de Táchira, fronteiriço com a Colômbia), um jovem de 17 anos, em San Bernardino, no centro de Caracas, e um militar, em Los Teques, a sul da capital.
O Governo e a oposição, que o regime denomina como "direita terrorista", trocam acusações quanto à responsabilidade pela ocorrência de mortes no âmbito das manifestações.
A confirmação da nova morte ocorre no mesmo dia em que a oposição convocou novas manifestações de protestos em vários pontos de Caracas, que concluirão com uma vigília para exigir a convocação de eleições gerais.
Os manifestantes protestaram ainda por duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concede poderes extraordinários ao chefe de Estado, limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento.
Segundo a ONG Foro Penal Venezuelano, entre os dias 01 e 22 de abril foram detidas 1.365 pessoas da Venezuela, e destas 777 continuam presas.
As detenções ocorreram à margem das manifestações convocadas pela oposição, tendo 97 dos detidos sido libertados embora ficando em regime de apresentação periódica e 451 em liberdade plena.