Fazer uma Angola diferente e melhor, com que dinheiro? Quanto temos? Quanto devemos? Quais as fontes reais? Quais as disponibilidades?
Bom conhecedor da realidade e da maneira de ser dos angolanos, João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente da República de Angola, habilidosamente tem vindo a consolidar a sua autoridade – absoluta e indiscutível. Por não querer equívocos, logo tratou de avisar que não quer ser marionete de ninguém, acrescentando, necessitar para garantir a segurança pública e a paz social, de polícia idónea e consciente, de subordinação total das Forças Armadas, de uma Força Armada apartidária, capaz, coesa e consciente das suas responsabilidades, de sociedade civil forte com as suas respectivas associações, das universidades, da Igreja, dos ricos, das finanças, dos sindicatos e de coabitação com todos os partidos reconhecidos pelo Estado de Angola.
“O Estado ideal é aquele que assegura as necessidades essenciais da sociedade, de forma justa e equitativa e também o que podemos importar em termos financeiros. Não podemos simplificar o que é complexo. Temos todos os angolanos, que identificar as funções que o Estado deve assegurar directamente, aquelas em que apenas deve regular e as outras em que não deve intervir. Esta reflexão nunca aconteceu verdadeiramente, e a verdade, é que o Estado foi crescendo desmedidamente e procurando responder a tudo, muitas vezes, sem critério e sem fazer escolhas conscientes. Hoje, temos uma parte muito substancial da nossa população, dependente directa ou indirectamente do Estado.
Dessa combinação resultará, certamente, o Estado que queremos e poderemos ter. Estamos perante um grande desafio de João Lourenço, que passa também, pela valorização da Administração Pública e dos seus funcionários, combatendo a ideia de que, o sector público é o culpado de todos os males. Os funcionários públicos são os professores do amanhã, os médicos e enfermeiros que nos asseguram cuidados de saúde, os polícias que garantem a nossa segurança e muitos outros profissionais indispensáveis, à organização da nossa sociedade. Ninguém imagina a vida sem eles. Mas, isto não significa que não se deve procurar melhorar o funcionamento da Administração Pública, racionalizando-a e tornando-a cada vez mais eficiente.
Segundo João Lourenço, presidente da República de Angola, nas suas mais variadas intervenções públicas - a estratégia para transformar a Administração Pública de hoje, nesta entidade moderna e eficaz, é composta por três “erres”: o da redução drástica (muitos ministérios e muita acomodação desnecessária), o da requalificação e o da recomposição. Porém, o rumo traçado para a função pública, é o mesmo para toda a sociedade e passa por embaratecer o trabalho. É o que vai acontecer, se os angolanos não tiverem um sobressalto.
Melhor Estado. Mais moderno e desmaterializado, mais ágil em processos e de procedimentos e cada vez mais qualificado.