Menos de 24 horas depois de ter dado entrada da lista de candidatos no Tribunal Constitucional, no primeiro dia do prazo legal estipulado para o efeito, a UNITA vem denunciar que ainda não estão criadas as condições para realizar eleições livres de suspeitas, nomeadamente a questão das situações de duplo registo.
"Ontem demos entrada da nossa candidatura ao Tribunal Constitucional, e constatamos que não estão reunidas as condições políticas para as eleições de 23 de Agosto", afirmou Vitorino Nhany.
O secretário para os Assuntos Eleitorais do maior partido da oposição disse ainda que a UNITA "quer apenas que haja transparência", acrescentando: "Ainda ontem fizemos consultas, os erros continuam no sistema. Não estamos a entender o papel da CNE nessa história, porque já enviamos duas cartas para que eles pudessem resolver esta situação, mas ate a data presente continua tudo na mesma".
Algumas das questões que inquietam a UNITA estão relacionadas com a identificação dos eleitores registados e constantes do Ficheiro Informático Central do Registo Eleitoral (FICRE) em 2012, que não tenham feito prova de vida em 2016 ou 2017 "para salvaguarda dos direitos e deveres consagrados na Lei do Registo Eleitoral".
E ainda a questão da exposição e publicação, por distritos e comunas, do número de cidadãos que foram inscritos oficiosamente na Base de Dados de Identificação Civil" bem como a garantia de que os resultados eleitorais terão a sua publicação ao nível municipal.
NJ