Marcelo Rebelo de Sousa, no quadro da sua visita de Estado a Angola, dissertava numa aula de sapiência na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, onde, há 18 meses, havia proferido uma comunicação sobre Direito Constitucional.
Disse esperar que os alunos e professores transmitam a esperança de um mundo que se pretende mais rico e mais feliz, porque as pessoas devem ser a razão de tudo.
Para si, “a globalização corresponde a um direito que deve ser mais aberto ao diálogo com outros direitos, dando e recebendo, comparando e enriquecendo”, e que a abertura aos outros, às ideias, aos problemas e às soluções são sinais de comunidades mais despertas e criativas”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o direito constitucional, em particular, deve ser ambicioso nas metas garantindo a dignidade das pessoas, tornando-o mais ágil, ajustado, atento à realidade, em mudança, sob pena de se soçobrar a primeira contrariedade.
Vaticinou que uma Constituição muito “fixista” pode ser mais um factor de divisão, do que de união e mais um legado do passado do que uma pista do futuro.
Apelou a que se olhe menos a quem elaborou a Constituição e mais a situação objectiva a que a lei é aplicada hoje e em cada instante que importa aplicar.