Segundo o Jornal de Angola, as declarações do comissário da CNE, Eduardo Magalhães, foram feitas na terça-feira, após a reunião plenária do órgão que organiza, executa, coordena e conduz os processos eleitorais.
Eduardo Magalhães, citado no diário angolano, disse que o plenário, ao apreciar a proposta do programa de formação que o PNUD está a ministrar no país, verificou que os conteúdos programáticos e o corpo de formadores não foram submetidos à apreciação e aprovação da CNE para “aferir a sua conformidade com a legislação eleitoral em vigor em Angola”.
De acordo com o responsável, esta situação contraria a deliberação da CNE datada de 03 de dezembro de 2020, sobre a apresentação antecipada dos conteúdos.
"Houve sempre uma parceria entre a CNE e o PNUD, no domínio da formação e, neste momento, há uma inconformidade com aquilo que está a ser feito, porque quer os conteúdos programáticos como o corpo de formadores, a regra estabelece, segundo o entendimento das duas instituições, que deve sempre merecer a aprovação prévia da CNE. Isto não aconteceu. As duas instituições vão trabalhar no sentido de corrigir esta inconformidade”, salientou Eduardo Magalhães ao Jornal de Angola.
Questionado pela Lusa, o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em Angola, Edo Stark, afirmou que a instituição “tem tido uma relação muito boa com a CNE”, com quem trabalha desde 2012.
“Estamos a trabalhar neste assunto e em contacto com a CNE para perceber o que causou estas preocupações” e clarificar a situação, assinalou Edo Stark.
Angola tem eleições gerais marcadas para 2022.