“Não houve nenhum ataque no território de Cabinda, como confirmam os relatórios de todos os nossos comandantes operacionais”, refere uma nota enviada à Lusa assinada pelo porta-voz do Estado-Maior General das FAC, António do Rosário Luciano.
“Esta informação de pessoas mal-intencionadas visa manchar a imagem dos nossos bravos soldados que observam um cessar-fogo unilateral para responder às exigências da ONU na luta contra a covid-19”, acrescenta o documento.
Numa nota enviada na segunda-feira à Lusa, que dizia ter sido enviada pelo braço armado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), este reivindicava a morte de sete soldados das Forças Armadas Angolanas num ataque realizado na madrugada de domingo para esse dia.
A província angolana de Cabinda, onde se concentra a maior parte das reservas petrolíferas do país, não é contígua ao restante território e desde há anos que líderes locais defendem a independência, alegando um passado colonial autónomo de Luanda.
A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência daquela província, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.
Cabinda é delimitada a norte pela República do Congo, a leste e a sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo oceano Atlântico.