O deputado Mário Pinto de Andrade, igualmente secretário para os Assuntos Políticos do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), disse, em declarações à imprensa, que o discurso esteve ligado à realidade social do país.
"Temos que entender que a pandemia veio prejudicar, não só Angola, até os grandes países do mundo ficaram prejudicados e o Presidente teve esta coragem de mostrar o balanço real da sua atividade e o seu pensamento, acho que isso é muito importante", disse.
Segundo Mário Pinto de Andrade, o Presidente angolano fez o balanço do seu mandato de 2020-2021, salientando que a questão das próximas eleições gerais previstas para 2022, não focadas na sua intervenção, é um outro processo, que decorre normalmente.
"Os cidadãos angolanos estão a ir aos BUAP [Balcão Único de Atendimento ao Público] e a atualizar as suas residências, os outros estão a tirar o Bilhete de Identidade. Sabemos que há uma geração que vai votar agora pela primeira vez e estamos a incentivar é que se as pessoas querem ser cidadãos e querem ter a soberania, todo o mundo tem que se preparar para poder votar no próximo ano, com serenidade", referiu.
De acordo com o deputado pelo círculo eleitoral de Luanda, há responsabilidade do executivo, do MPLA, enquanto partido maioritário, de todos os partidos com assento no parlamento e da sociedade civil.
"A primeira fase é levar as pessoas a terem os seus documentos atualizados a poderem votar no próximo ano, a segunda é incentivar todos os cidadãos a irem votar, para se evitar que haja abstenção, que não beneficia ninguém e temos que fazer todo um trabalho, mas no momento certo, não é agora", salientou.
Mário Pinto de Andrade sublinhou que o chefe de Estado angolano tem sempre falado de "serenidade e bom senso de todos os atores políticos e sociais".