A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) emitiu um comunicado esta segunda-feira (22.11) reagindo às declarações do seu antigo militante Rui Manuel Galhardo da Silva sobre a validade da queixa-crime contra Adalberto Costa Júnior.
Na última sexta-feira (19.11), o antigo militante da UNITA garantiu que a queixa-crime apresentada contra Adalberto Costa nunca foi arquivada, conforme afirmou o porta-voz da Procuradoria-Geral da República (PGR), Álvaro João.
A nota publicada pela UNITA refere que a direção do partido não se opõe a quaisquer "atos de cidadania por parte dos seus militantes, muito menos por parte dos seus simpatizantes ou dos angolanos em geral, em particular quando estiverem em causa os seus direitos constitucionais".
"Garantias da PGR"
O caso ganhou repercussão em março deste ano, depois de Galhardo ter apresentado a queixa-crime a alegar que Costa Júnior terá incitado militantes do partido para o agredir na província do Uíge.
Em declarações à saída da PGR, Galhardo disse à TPA que recebeu garantias da PGR de que o caso avançará e que Adalberto Costa Júnior será levado às barras do tribunal.
A direção da UNITA aproveitou a nota para salientar que Rui Manuel Galhardo Silva "não tem nenhum vínculo de militância" com a UNITA, "não exerce nenhuma função diretiva" no partido e "não está incorporado em nenhum Comité da UNITA, pelo que, quando ele fala, fá-lo como cidadão". Veja o comunicado da UNITA publicado na conta de Adalberto Costa no Facebook.
Censura e perseguição
A direção da UNITA também publica que "condena com veemência a extensa cobertura jornalística" do caso "por parte dos órgãos públicos de comunicação social, os quais depois de se absterem rigorosamente de fazer a cobertura do lançamento da candidatura de Adalberto Costa Júnior".
Para a UNITA, os órgãos públicos de comunicação fazem uma "vergonhosa cobertura, pois o que pretendem é denegrir a imagem do candidato a Presidente da UNITA".
A direção do partido também protestou no comunicado contra o que entende ser uma "censura permanente dos órgãos públicos de comunicação social aos conteúdos relativos às atividades da UNITA, em clara violação à Constituição da República e à lei angolanas e uma grosseira tentativa de interferência nas questões internas da UNITA por parte das instituições do Estado". DW Africa