Bornito de Sousa falava à imprensa, no final de um comício do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), realizado hoje no município do Lobito, província de Benguela, o último ato de massas da campanha eleitoral fora de Luanda, capital do país.
O número dois da lista do MPLA pelo círculo nacional às eleições gerais de 23 de agosto regressou à campanha eleitoral, esta segunda-feira, depois de uma ausência de 15 dias, por problemas de saúde.
"Um agradecimento a todos os cidadãos, a todas as instituições que endereçaram os votos de solidariedade e de amizade, por ocasião dos momentos que passamos com questões de saúde, mas que felizmente foram resolvidos", disse Bornito de Sousa aos jornalistas.
O dirigente do MPLA foi dispensado por despacho presidencial de 26 de julho, por 30 dias, das funções de ministro da Administração do Território, para se dedicar exclusivamente às tarefas inerentes à campanha eleitoral para escrutínio na próxima quarta-feira.
Bornito de Sousa aproveitou hoje a ocasião para pedir a confiança dos angolanos no MPLA, particularmente os jovens entre os 18 e 23 anos, que vão votar pela primeira vez.
"A juventude em geral, as mulheres, de uma maneira geral todos os cidadãos podem contar com esta equipa liderada pelo camarada João Lourenço e pelo MPLA, uma equipa com experiência, uma equipa que se baseia num programa que tem história, que foi o resultado de uma consulta ampla", disse.
Numa mensagem "de confiança na vitória", Bornito de Sousa reiterou o pedido de confiança "no MPLA, no candidato, no programa que está proposto".
"E dizer que a juventude pediu muito que essa equipa faça a diferença. Hoje esta equipa está preparada para fazê-la e vai fazê-la com sucesso, com a parceria da própria juventude, da mulher angolana, dos funcionários e não podia deixar de referir os militares, os polícias, os agentes, apesar de serem apartidários não são apolíticos, têm o direito de votar", disse.
Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).