João Lourenço, que se dirigia aos membros do Conselho da República, que hoje se reuniram com o tema da segurança alimentar em destaque, falou sobre o marco histórico dos 50 anos da independência de Angola, que se celebram no próximo ano, que permitiu aos angolanos serem “senhores do seu destino”.
"[A independência representou] o fim definitivo do colonialismo, da escravatura, do racismo e de todo o tipo de discriminação a que estivemos sujeitos durante cinco séculos, pôs fim à pilhagem dos nossos recursos e representou a conquista da liberdade, mas sobretudo da nossa dignidade como seres humanos, iguais aqueles que se julgavam superiores a nós”.
"Lutámos e vencemos, somos hoje senhores do nosso destino”, disse o chefe de Estado angolano, atribuindo a guerra que se seguiu - que opôs as forças governamentais do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), partido do poder desde 1975, à UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) de Jonas Savimbi - a forças externas.
“Durante estes 50 anos tivemos um longo conflito fomentado pelos mesmos numa vã tentativa de reverter o rumo da história”, sublinhou, afirmando que foi com “muito sacrifício, mas também sabedoria” que os angolanos puseram termo aos 27 longos anos de invasões externas e de conflitos internos.
“Conquistámos a paz e estamos a construir uma pátria de irmãos reconciliados que souberam perdoar-se mutuamente para juntos edificarmos uma Angola próspera e desenvolvida em prol do bem estar dos seus cidadãos”, vincou o chefe do executivo angolano.
Angola viveu várias décadas em guerra, primeiro contra o regime colonial português, entre 1961 e 1974, e desde 1975 numa guerra civil, que terminou em 2002, com a morte de Jonas Savimbi.
João Lourenço realçou que há “motivos bastantes para comemorar em grande” os 50 anos de independência, que se celebra a 11 de novembro de 2025 e afirmou que o programa das comemorações compreende atividades politicas, culturais, religiosas , ferias e exposições inaugurações de empreendimentos públicos e privados, exortando à participação de toda a sociedade civil.