PRA-JA Servir Angola aceita coligação em 2027 mas "nunca agregação” - Chivukuvuku

Post by: 22 Mai, 2025

O líder do PRA-JA Servir Angola disse hoje, em Luanda, que o partido está aberto a concertações políticas para as eleições de 2027, num contexto “de coligação e nunca de agregação”, negando estar de saída da plataforma da oposição, Frente Patriótica Unida (FPU).

Abel Chivukuvuku foi eleito, na segunda-feira, líder do PRA-JA Servir Angola, no congresso constitutivo, que considerou “um momento de afirmação” desta nova “força política incontornável para o futuro de Angola”.

Este novo partido, legalizado em outubro de 2024, segundo o seu líder, tem como meta, em 2027, ser Governo ou parte dele, frisando que o congresso galvanizou os angolanos e o caminho agora é “para a frente”.

Queremos ser parte da construção de Angola e do destino do país e dos angolanos”, disse à Lusa Abel Chivukuvuku.

Segundo o dirigente, no congresso recebeu o mandato para preparar o partido “para concorrer, se necessário, sozinho às eleições de 2027”, bem como para “fazer as concertações que forem necessárias com as outras forças políticas”.

Se for oportuno, avançamos com outras forças políticas, o contexto tem que ser de coligação e nunca de agregação”, referiu.

Em 2022, o PRA-JA Servir Angola, na altura ainda sem aprovação do Tribunal Constitucional, fez parte da Frente Patriótica Unida (FPU), uma plataforma política coordenada pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que integra também o Bloco Democrático e individualidades da sociedade civil angolana.

Como resultado desta concertação política, em 2022, vários membros do PRA-JA Servir Angola e da sociedade civil integraram a lista de deputados da UNITA, entrando assim para a Assembleia Nacional.

No discurso de encerramento do congresso, quarta-feira, Abel Chivukuvuku referiu que, na reunião da Comissão Política, uma das principais inquietações apresentadas teve a ver com a FPU, apelando aos partidos políticos da oposição, a não terem “medo” nem “inveja” do PRA-JA Servir Angola.

Temos que nos preparar para avançarmos sozinhos, mas dispostos para a eventualidade de conversas, mas essas conversas têm que ter regras, porque já sofremos muito com essa questão da FPU”, disse no seu discurso de encerramento do congresso.

Sobre a decisão de o PRA-JA Servir Angola abandonar a FPU, Abel Chivukuvuku frisou que preparar-se para avançar sozinho para as próximas eleições, não implica uma saída desta plataforma política. “É isso só, ninguém falou da FPU, nem sequer se menciona a FPU”, realçou.

Sobre o formato a avançar para as próximas eleições, Abel Chivukuvuku referiu que o partido tem "uma visão, um programa e ideia para ser Governo”.

“Em Angola, houve dois momentos de que houve Governos de participação múltipla.

Em 1997 tivemos o Governo de transição, o MPLA, a UNITA e a FNLA, em 1998, tivemos o Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, [composto] o MPLA, a UNITA e outras forças e houve crise? Não houve crise”, afirmou.

“Se nós estamos a dizer que estamos abertos a concertação, pressupõe possibilidade de sermos parte do Governo com outras forças, quais não sei. Temos as duas opções ou sozinhos ou em concertação”, vincou.

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