Um jovem foi mortalmente atingido a tiro na segunda-feira por alegados elementos das Forças Armadas Angolanas, que usavam uniforme militar, na vila de Cafunfo, denunciaram ativistas.
Um grupo de deputados da UNITA, oposição angolana, já abandonou a entrada da vila de Cafunfo, palco de incidentes com mortos e feridos, afirmando que "apesar do impedimento e ditadura das autoridades" o seu trabalho foi realizado.
O Ministério do Interior desmentiu, neste domingo, informações sobre o desaparecimento dos cadáveres das vítimas do acto de rebelião armada de 30 de Janeiro, na vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte, protagonizado pelo auto-denominado Protectorado Lunda-Cokwe.
A polícia angolana libertou o catequista André Candala, que foi preso esta madrugada depois de denunciar a morte de inocentes na semana passada num incidente em Cafunfo, disse à Lusa fonte familiar do ativista.
Ativistas disseram que a polícia angolana deteve, esta madrugada, André Candala, catequista e morador em Cafunfo, que denunciou a “morte de inocentes” na semana passada durante uma tentativa de manifestação que o Governo classificou como “ato de rebelião”.
O presidente da Assembleia Nacional recusou hoje qualquer responsabilidade sobre a missão de cinco deputados da UNITA, maior partido da oposição angolana, retidos à entrada de Cafunfo, província da Lunda Norte, há três dias.
O Bureau Político do MPLA, partido no poder, criticou hoje as vozes que "se levantaram precipitadamente", entre elas a UNITA, maior partido da oposição, para acusar as autoridades de terem cometido "um massacre contra supostos meros manifestantes".
O líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) pediu hoje ao Presidente angolano que mande instaurar "um urgente inquérito independente" sobre o ocorrido em Cafunfo, que resultou em seis mortos.
O líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, considerou hoje, em Luanda, a retenção de cinco deputados à entrada de Cafunfo como "a confissão clara do massacre praticado" e a ocorrência de "operações de limpeza" na zona.
A UNITA, a CASA-CE e o PRS consideram que o ministro do Interior e o comandante-geral da Polícia Nacional deviam colocar os cargos à disposição, ou ser exonerados, devido ao “comportamento pouco digno” na sequência dos incidentes no Cafunfo.