O governador provincial da Lunda Norte apelou hoje ao diálogo e reconciliação na vila mineira de Cafunfo, onde há um mês incidentes com a polícia provocaram um número indeterminado de mortes, afirmando que “é hora de sarar as feridas”.
O advogado Salvador Freire considerou hoje um “preso político” o líder do Movimento do Protetorado Português Lunda Tchokwe (MPPLT), detido em Luanda desde 8 de fevereiro, na sequência dos incidentes de Cafunfo.
O Presidente angolano falou hoje, pela primeira vez, sobre os incidentes em Cafunfo, condenando o alegado ato de rebelião, mas garantindo também que serão responsabilizados os polícias que terão “praticado atos considerados desumanos”.
A ONG angolana Mosaiko e a Rede de Defensores de Direitos Humanos da SADC apresentaram uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República da Lunda Norte por “retenção ilegal e perseguição” da equipa que se deslocou a Cafunfo, anunciaram num comunicado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está a levar acabo diligências para a abertura de um processo-crime contra os possíveis autores das mortes que se registaram no passado dia 30 de Janeiro na vila mineira de Cafunfo, província da Lunda-Norte, fruto de uma rebelião protagonizada, supostamente, por indivíduos do Movimento do Protectorado Lunda Cokwe, onde, segundo dados oficiais, seis pessoas perderam a vida.
A embaixadora da União Europeia (UE) em Angola disse hoje que exprimiu “sérias preocupações” sobre os incidentes de Cafunfo, no encontro com o ministro angolano da Justiça e Direitos Humanos, defendendo um inquérito sobre o assunto.
A Assembleia Nacional aprovou hoje um voto de pesar, proposto pelo grupo parlamentar do MPLA e adotado pelo parlamento, sobre os incidentes de que resultaram mortos e feridos em Cafunfo, que apela ao respeito pelas instituições do Estado.
A defesa do líder do Protectorado da Lunda Tchokwe, afirma não saber do paradeiro do seu constituinte que foi detido na passada terça-feira 9 de Fevereiro, sob a acusação de crime de rebelião e associação criminosa, por ser tido como o mentor dos protestos de 30 de Janeiro no Cafunfo, na província da Lunda Norte, que resultaram em incidentes com as forças da ordem e num número incerto de mortos.
Uma associação cívica do leste de Angola, denominada "AKWA MANA", condena a "chacina" de Cafunfo, palco de incidentes com mortos e feridos e diz-se "profundamente abalada e inconformada com o agravar da situação", denunciando uma "caça às bruxas".
O Grupo Parlamentar da UNITA quer ouvir o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e os responsáveis dos canais televisivos TPA e TV Zimbo, devido à cobertura noticiosa dada por estes meios relativamente aos incidentes de Cafunfo.