A polícia angolana dispersou hoje com tiros e lançamento de gás lacrimogéneo uma manifestação de estudantes que protestavam em Luanda contra a subida de propinas e emolumentos nas instituições de ensino, uma marcha que começou de forma pacífica.
Um grupo de ativistas convocou hoje uma marcha, a realizar-se no próximo sábado, em Luanda, para exigir o fim do elevado custo de vida e a realização das primeiras eleições autárquicas este ano.
A Polícia Nacional de Angola (PNA), tem sob o seu comando os pontos mais estratégicos na capital angolana, isto é, Largo do Cemitério da Santa Ana, local de concentração e Largo do 1° de Maio, local de destino da manifestação deste sábado, 27.
Mais de mil trabalhadores dos Casinos de Angola, através da empresa Plurijogos, dizem-se estarem a ser burlados e saem às ruas para exigir o pagamento dos seus salários.
A polícia angolana impediu este sábado uma manifestação em solidariedade com as vítimas do Cafunfo, Lunda Norte. Jovens pretendiam expressar, na rua, solidariedade às famílias das vitimas do massacre de 30 de Janeiro no Cafunfo.
O investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Oxford Rui Santos Verde diz que Angola tem "toda a estrutura jurídica colocada em causa" e "o poder a cair na rua", graças também às divisões no Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder).
O investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Oxford Rui Santos Verde considerou hoje que há uma "revolução latente" em Angola, que poderá ser controlada até às eleições, mas que no período pós-eleitoral é “um perigo”.
Dezenas de pessoas que tentaram hoje sair à rua para se manifestarem, mas foram impedidos pela polícia angolana, falam na existência de pelo menos dois feridos e vários detidos, informação não confirmada pelas autoridades.
A polícia angolana impediu hoje uma manifestação de jovens ativistas que pretendiam “exigir alternância política" em Angola, no Cemitério Santana, em Luanda.
Jovens ativistas em Luanda marcham na quinta-feira pelas ruas da capital angolana para "protestar e exigir alternância política" em Angola, considerando que os 45 anos de governação do MPLA, no poder desde 1975, "é muito", foi hoje anunciado.