Um movimento iniciado por ativistas está a apelar aos angolanos, através das redes sociais, para ficarem em casa no dia 31 de março, como forma de protesto contra o desemprego e as más condições de vida.
Ativistas angolanos disseram hoje que o direito à manifestação em Angola está posto em causa e que o regime tende a intensificar a repressão em cenários de enfraquecimento do poder para se proteger contra as ameaças.
O Presidente angolano, João Lourenço, rejeitou hoje que haja repressão de manifestações no país e justificou que “todos os santos sábados há manifestações" em Angola.
Ativistas angolanos pretendem realizar uma manifestação no próximo dia 28 em Luanda para contestar a detenção de ativistas e o homicídio de vendedoras ambulantes por agentes policiais, disse hoje fonte da organização.
O advogado da família de Inocêncio de Matos, estudante morto numa manifestação em Luanda há dois anos, diz que “não há vontade” de apurar as circunstâncias da morte e responsabilizar os culpados, mas garante que não vai desistir.
A consultora Fitch Solutions considerou hoje que a magra vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) nas eleições gerais vai manter um risco elevado de protestos e que o resultado reflete a oposição da juventude angolana.
A Direção Nacional de Direitos Humanos de Angola criticou os tiros feitos pela polícia para dispersar uma manifestação de um professor e alunos para exigir mais carteiras escolares, segundo dirigentes do Movimento Estudantil Angolano (MEA) que reuniram com a instituição.
O presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) disse hoje que escreveu à Direção Nacional dos Direitos Humanos sobre o desfecho de uma manifestação para reivindicar a falta de carteiras escolares, alegadamente reprimida pela polícia com tiros.
A Polícia angolana deteve um professor que organizou uma marcha de alunos para exigirem novas carteiras numa escola do município de Viana, província de Luanda, informaram hoje as autoridades.
O ministro do Interior angolano lamentou hoje os impedimentos do exercício da atividade jornalística por parte dos efetivos da Polícia Nacional e defendeu melhor identificação dos jornalistas, principalmente na cobertura de manifestações públicas, para tratamento diferenciado.