A organização não governamental (ONG) OMUNGA denunciou hoje o uso de violência e detenções de jovens e ativistas pela polícia angolana, em contexto pós-eleitoral, solicitando uma investigação ao Ministério Público.
Ativistas da Sociedade Civil Contestatária angolana denunciaram perseguições e detenções arbitrária no período pós-eleitoral, lamentando terem sido impedidos de realizar uma conferência de imprensa, em Luanda, que estava prevista para esta manhã.
A Polícia Nacional de Angola deteve dois homens envolvidos em atos de vandalismo e arruaça, na província da Lunda Sul, por estarem insatisfeitos com os resultados provisórios das eleições.
O governo provincial de Luanda rejeitou a realização de uma marcha dos partidos políticos da oposição que queriam reivindicar “igualdade de tratamento no processo eleitoral” angolano, prevista para sábado, por “comprometer a segurança e ordem pública”.
O Tribunal da Comarca de Luanda absolveu hoje 20 ativistas dos crimes de desobediência à ordem de dispersão e de participação em motim, por insuficiências de provas, e condenou dois com pena de multa.
A organização não-governamental (ONG) Friends of Angola considerou hoje que “as violações dos Direitos Humanos e da Constituição” do país estão a ter como efeito “obviamente propositado, a deterioração com recurso ao terror da estabilidade política e social”.
A ONG Human Rights Watch (HRW) exortou as autoridades angolanas a "abandonar imediatamente as acusações criminais" contra 22 manifestantes, "detidos durante protestos pacíficos" a 9 de abril na capital, Luanda.
Jovens de partidos políticos na oposição e da sociedade civil angolana lamentaram hoje a “indigência” em que se encontram cidadãos a nível do país, sobretudo no interior dos municípios, e criticaram o “sequestro” da imprensa pública.
Um jovem de 28 anos foi hoje atingido em Luanda por um disparo da polícia, gerando revolta entre populares, que tentaram invadir uma esquadra, vandalizaram viaturas e colocaram pneus a arder na estrada, indicou fonte policial.
Marcha que assinalava esta quinta-feira, em Luanda, um ano da morte do estudante Inocêncio de Matos foi reprimida com violência pela polícia. Há relatos de detenções, mas manifestantes advertem que não se vão calar.