A petrolífera estatal angolana Sonangol e a sua congénere da RDCongo, Sonahydroc SA, concordaram, em Luanda, validar e iniciar um modelo de contrato de partilha de produção petrolífera com repartição de 50% das receitas para cada país.
A Sonangol continua penalizada pelo aumento da dívida do Estado angolano, de quase 10 mil milhões de dólares, alerta um analista, perante os resultados da empresa, que obteve quase 1.800 milhões de dólares de lucro em 2022.
A ex-presidente do Conselho de Administração da antiga Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) Maria Luísa Abrantes considera que uma parceria estratégica entre Angola e os Estados Unidos da América (EUA) só será possível quando o governo angolano conseguir dar “respostas convincentes” ao Senado americano sobre o desaparecimento de dinheiros da petrolífera angolana e sobre “transferências bancárias pouco transparentes” feitas para aquele país.
O Governo angolano gastou 1,9 biliões de kwanzas (3,8 mil milhões de dólares) em subsídios aos combustíveis em 2022, 60% acima do ano anterior, segundo o relatório anual do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).
A holandesa Frank's Internacional, fornecedora de materiais e serviços para a indústria petrolífera, admitiu que praticou atos de suborno em Angola por considerar que não ganharia negócios no país sem ser assim, refere documento do regulador de mercado norte-americano.
O presidente do conselho de administração da Somoil, maior petrolífera privada angolana, disse hoje que está a decorrer o processo de preparação para a entrada em bolsa, em 2025, admitindo que atualmente a empresa ainda não está preparada.
O ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás salientou hoje que a transição energética deve ser “justa” e defendeu que o tema da segurança energética se tornou fundamental, em especial depois do início da guerra na Ucrânia
De entre 21 empresas convidadas a participar no concurso para fornecimento de combustível, a Sonangol recebeu oito propostas. A BP, do Reino Unido, e a Trafigura, de Singapura, foram as escolhidas.
A ministra das Finanças de Angola admitiu hoje que o país está a negociar com parceiros internacionais as compensações adequadas perante a remoção dos subsídios estatais ao preço dos combustíveis, uma decisão política que ainda não foi tomada.
A Somoil, petrolífera privada angolana, deverá investir 20 milhões de dólares (19,2 milhões de euros) para a construção de 20 postos de abastecimento de combustíveis, nos próximos três anos, anunciou hoje o presidente da empresa.