O presidente da atual comissão de gestão da TAAG, Joaquim Teixeira da Cunha, tinha dito ao ‘Newsavia’, durante a realização do ‘Lusoavia’, em Lisboa, que a situação dos três aviões Boeing 737-200 que a companhia tinha deixado de operar no início do ano de 2016 estava em vias de solução, com a venda de um avião para uma empresa canadiana e outro que ficará no aeroporto como modelo para treino de tripulações de cabina e dos bombeiros aeroportuários de Luanda. Resta um terceiro aparelho que, a não surgirem interessados, será desmantelado e vendidas as peças além disso recuperáveis, sendo o restante para sucata.
No caso do D2-TBC, que foi levado nesta semana para o Canadá, trata-se de um avião que foi revisto totalmente em Luanda pelo departamento de Manutenção e Engenharia da TAAG, hoje uma referência para as companhias aéreas africanas, como na ocasião nos afirmou Joaquim Teixeira da Cunha.
O avião, número de série de fábrica 21173 e número de linha de fabrico no modelo 447 fez o seu primeiro voo em janeiro de 1976, tendo sido entregue à DTA (Direção dos Transportes de Angola), empresa herdada do tempo colonial português que geria o transporte aéreo na ex-província ultramarina e mais tarde integrado na TAAG, companhia nacional de bandeira. Esteve 40 anos ao serviço da empresa aérea angolana e, segundo fontes da companhia, encontrava-se em excelentes condições de manutenção, facto que cativou o interesse da companhia canadiana.
A Nolinor Aviation trabalha com uma frota de aviões antigos, todos da Boeing, com fretamentos de carga e passageiros para zonas onde estão situadas explorações petrolíferas e mineiras no Canadá. Tem um pendor particular pelos Boeing 737-200, dos quais tem sete na sua frota. Algumas das mais antigas unidades deste modelo de avião clássico encontram-se ativos ao serviço da Nolinor. O departamento de Manutenção e Engenharia Aeronáutica da companhia é uma referencia em toda a América do Norte.