José Carvalho da Rocha reagia a notícias sobre uma suposta queda de objetos no Peru, que seriam do satélite angolano.
O governante angolano, que considerou "duvidosa" a informação, disse que a contraparte russa informou que o satélite está em órbita.
"Nós temos uma fonte oficial, que é nossa contraparte russa, e ela diz-nos que o satélite está em órbita, portanto, em abril, em função do contrato, nós teremos de facto uma análise final do estado de saúde do satélite", disse o ministro em declarações à rádio pública angolana.
Segundo José Carvalho da Rocha, apenas em abril, altura do fim dos testes, em cumprimento de uma etapa do contrato é que Angola terá uma informação sobre o estado do satélite, para se avançar ou não para a assinatura ou não da penúltima etapa do contrato.
"Se ele estiver dentro dos parâmetros para os quais foi desenhado, nós então assinaremos ou não a penúltima etapa deste contrato", explicou o ministro, salientando que Angola tem estado a gerir o Angosat com a sua contraparte russa, que tem como responsabilidades o lançamento, colocação em órbita, testes e entrega.
O Angosat é um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares (269,6 milhões de euros), construído por um consórcio estatal russo e lançado com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia.
De acordo com as autoridades angolanas, 40% da capacidade total comercial do satélite já está reservada e o Estado estima a recuperação do investimento em pelo menos dois anos.
Desde o seu lançamento, a 26 de dezembro de 2017, várias notícias têm surgido sobre problemas com o satélite angolano, nomeadamente o suposto desaparecimento em órbita um dia depois de lançado.