Empresário João Manico ganha concessão mineira para exploração de ouro

Post by: 09 Fevereiro, 2021

O Grupo Manico Henda, propriedade do empresário João Manico e da sua mulher Margarida Henda, já tem ligação a este sector, nomeadamente na exploração de pequenas minas de diamantes na província do Bié.

Mas este é o primeiro grande projecto que a empresa ganha na área da exploração do ouro.

O contrato foi aprovado por despacho do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás atribui os direitos mineiros à referida empresa que se obriga a prestar ao Estado uma caução de 1% do valor global do investimento, contratualizado para esta fase de projecção em 281 milhões de kz.

Com a duração de dois anos, o contrato pode ser prorrogado por vários períodos sucessivos e o titular dos direitos de superfície, refere o despacho, está obrigado a pagar a taxa de superfície pelo tempo que durar a fase de prospecção. Se os resultados forem positivos, passa-se então à abertura das minas e à outorga dos Direitos de Exploração por parte do ministério, já com outros valores de investimento.

A concessão do Huambo tem uma extensão de 2.326 quilómetros quadrados e estende-se entre os municípios do Catchiungo e Tchicala-Tcholohanga.

Recorde-se que Grupo Manico Henda foi constituído em 2008 por Margarida Henda e João Manico com um capital social de 90 mil kz, opera também no sector da educação, onde detém o Instituto Superior Politécnico Kangonjo (ISKA). Em 2015, o grupo empresarial foi forçado a aumentar o seu capital para dois milhões Kz. O empresário João Manico é também gestor do mercado do Kicolo.

Concessão de cobre no Namibe

Num outro despacho, foi aprovado contrato de investimento para a outorga dos direitos mineiros de reconhecimento, prospecção, pesquisa e avaliação de cobre no Namibe a favor da empresa Kamakhya. De origem indiana, a Kamakhya Mining tem sede em Luanda e opera em vários sectores de actividade.

A empresa foi constituída em 2019 e tem um capital social de apenas 100 mil kwanzas, repartido entre o empresário indiano Satish Mishra com 89% do total, e a sua esposa Neelam Mishra, com uma quota de 11%. Acrescente-se que o valor do investimento aprovado a fase de prospecção, de acordo com o despacho, +e de 1,7 milhões USD.

O grupo Lutet ganhou também os direitos mineiros de exploração de gesso, na Barra do Dande, província do Bengo. Um empreendimento que pode dinamizar a região e gerar mais postos de trabalho.

O valor do investimento inicial ronda os 300 mil Usd, e nessa fase de prospecção, a empresa vai pagar ao Estado 1% do investimento total para a garantia das obrigações contratuais.

Os três contratos foram publicados em Diário da República do dia 15 de Janeiro do corrente ano com a justificação do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, de "reflectem o forte apoio do Governo a investimentos nacionais e estrangeiros que ajudam a diversificar a economia e trazem benefícios sociais e económicos directos para as comunidades em que as empresas operam." De recordar que o Angola entrou, em Abril de 2020, para a lista dos países produtores de minérios raros, com a concessão de exploração de nióbio, na província do Huambo. EXPANSAO

Last modified on Terça, 09 Fevereiro 2021 11:53
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