"Este é o número que temos até agora; 12 pessoas morreram por causa da contaminação destes rios, que já não podem ser usados até serem desinfetados", disse o porta-voz do Ministério do Ambiente da RDCongo, Michel Koyakpa, à agência espanhola de notícias, Efe.
"Os pescadores estão parados e muitos peixes e outras espécies morreram, sem contar com outros perigos para o ecossistema", acrescentou o porta-voz.
O Governo congolês, que diz que o culpado dos derrames são as companhias internacionais que operam a mina angolana de Catoca, a quarta maior do mundo na produção de diamantes, pede ao país e às empresas uma compensação pelos danos.
"Depois do trabalho árduo efetuado, o Governo da República irmã de Angola e a sociedade mineira Catoca reconheceram a sua responsabilidade neste drama, pelo qual exigimos uma indemnização", disse o porta-voz.
Em conferência de imprensa, a ministra do Ambiente da RDCongo, Eve Bazaiba, expressou também indignação pelo sucedido e sublinhou que o próprio Governo angolano e a empresa haviam reconhecido a sua responsabilidade pela contaminação dos rios.
A contaminação dos rios começou a notar-se desde julho e, além das mortes, causou diarreia aos habitantes de toda a região servida pelos rios.
Situada no nordeste de Angola, a mina de diamantes de Catoca está nas mãos de um consórcio internacional de companhias mineiras, chamado Sociedade Mineira de Catoca, que inclui a estatal Endiama, a chinesa Lev Leviev International e a russa Alrosa.
O consórcio é responsável pela extração de mais de três quartos dos diamantes em Angola, segundo a Efe.