O arranque dos serviços do operador norte-americano foi sinalizado esta quinta-feira, numa cerimónia em que seus gestores salientaram que os clientes poderão também usufruir da rede Africell 4G com pacotes de dados até metade de preços, com 1GB de dados no valor de 750 kwanzas (1,53 euros).
“Nesta fase de lançamento, as chamadas dentro da rede Africell são gratuitas, as chamadas para outras redes têm um custo de 12 kwanzas (0,02 euros) e associamos também esses tarifários produtos com custos baixos custos e teremos também telemóveis”, afirmou o diretor executivo da Africell, Gonçalo Farias.
Segundo o responsável, a companhia, que investiu 150 milhões de dólares (137,5 milhões de euros), tem uma política de expansão bastante ampla, que não passa exclusivamente pela instalação de lojas tradicionais.
“As lojas são muito mais um centro de representação de marca e dos valores da companhia, temos não só lojas, temos quiosques exteriores, quiosques interiores, centros de acolhimentos de clientes”, salientou.
A nova operadora de telefonia móvel em Angola garante instalar, no final da próxima semana, 120 pontos de atendimento aos clientes com brigadas móveis para apoiar as ações de ativação da marca.
Depois de Luanda, já decorrem ações para a expansão da rede da Africell nas províncias de Benguela, Lubango e Cabinda, sendo que o ritmo de expansão da empresa “está altamente dependente daquilo que será a evolução das condições de partilha de infraestruturas”.
Gonçalo Farias deu a conhecer que neste momento a Africell “não está a partilhar a infraestrutura com a Unitel”, maior operadora angolana, mas apenas com a Movicel, segunda maior operadora.
A Africell “está a investir diretamente os seus capitais para fazer infraestrutura nova e se tiver alternativa de partilhar com os demais operadores o seu investimento será bastante inferior”.
“Temos todo interesse que a partilha de infraestrutura seja uma realidade para que se possa potenciar o investimento a nível do mercado e estamos abertos a negociar com todos os operadores do mercado. Estamos já partilhar a infraestrutura com diversas instituições públicas no país, porque queremos serviços de qualidade”, realçou.
Dinamizar o setor das telecomunicações em Angola “com uma nova era de concorrência” constitui um dos objetivos da Africell, empresa que detém a quarta licença universal de de telecomunicações móveis em Angola, como frisou o seu presidente e CEO, Ziad Dalloul.
Angola “é um país de enorme potencial, o seu povo tem uma energia única que faz de Angola um lugar excitante para investir. A Africell está a assumir um compromisso a longo prazo com Angola e estamos entusiasmados por estar a lançar uma marca de que o país se pode orgulhar”, disse.
A nova rede de telefonia diz ter criado já mais de mil postos de trabalho direto e indireto, sendo 95% da força de trabalho é angolana.
Angela Domingos, diretora dos recursos Humanos da Africell, assinalou, na ocasião, que a operadora vai proporcionar ao povo angolano “uma opção de serviço de telefonia móvel de classe mundial, fiável e a preços reduzidos como exige o povo angolano”.
Por seu lado, o embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, Tulinabo Mushingi, felicitou a Africell e seus parceiros pelo início das operações, referindo tratar-se de uma conquista importante fruto da ambição e trabalho duro da empresa norte-americana.
“A nossa ambição não tem fronteiras, hoje marca o início de um novo capítulo brilhante com o arranque da operadora que deve possibilitar conexões, criar empregos e novas oportunidades em Angola”, apontou o diplomata norte-americano.