O governo de Angola está a negociar com os Estados Unidos da América (EUA) acolher, no próximo ano, a cimeira de líderes empresariais norte-americanos que investem em África, noticia o Africa Report.
“Angola está em conversações para albergar a maior reunião de empresários norte-americanos em África, com o Presidente João Lourenço a procurar aprofundar os laços com os EUA e chamar a atenção global para o seu país em 2025″, lê-se na reportagem desta revista especializada em informação africana.
“O interesse do líder angolano em acolher os empresários norte-americanos é notório desde que participou no fórum empresarial deste ano em Dallas, sendo um dos cinco chefes de Estado africanos que participou no evento”, lê-se ainda na notícia, que afirma ainda que Angola deverá ter a presidência da União Africana em 2025, ano em que comemora 50 anos de independência de Portugal.
“Ter a presidência da União Africana, 50 anos de independência, acolher o Conselho Corporativo sobre África, tudo isto é um marco importante na jornada de Angola”, comentou o antigo vice-secretário Estado adjunto Witney Schneidman, apresentado como tendo “profundas ligações a Angola”.
Na visita a Angola, em janeiro, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros nos governos europeus, disse ao Presidente angolano, João Lourenço, que “a relação é mais forte, é mais consequente, é mais abrangente que em qualquer ponto da amizade (dos dois países) em 30 anos”.
A reaproximação do relacionamento entre os dois países nota-se também no campo económico, com os EUA a terem investido, através do banco de exportações e importações, mais de 900 milhões de dólares, cerca de 815 milhões de euros, em duas centrais fotovoltaicas solares, o maior investimento norte-americano em energias renováveis no continente, e mais várias centenas de milhares de dólares no âmbito do Corredor do Lobito, que liga a costa de Angola às minas na Zâmbia e na República Democrática do Congo.