A polícia angolana travou hoje, em Luanda, uma vigília convocada por membros da sociedade civil "pela libertação dos presos políticos", tendo retirado do local vários jovens, situação testemunhada pela Lusa no local.
O jornalista e ativista Rafael Marques acusou hoje o Governo e o Presidente angolano de “terrorismo de Estado” e de atentarem contra a soberania do povo, considerando que a repressão não resolve a crise económico-social em Angola.
A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje a libertação imediata de quatro ativistas detidos há um ano, em Luanda, capital angolana, cujo estado de saúde na prisão se deteriorou drasticamente.
O presidente do Bloco Democrático (BD) pediu uma “audiência urgente” ao ministro do Interior para abordar a postura da polícia, temendo agressões a ativistas, que convocaram uma manifestação para este sábado, em Luanda.
Ativistas angolanos disseram hoje que estão a receber ameaças por convocarem uma manifestação contra as leis de vandalismo e de segurança nacional, aprovadas recentemente pelo parlamento, considerando que estas contêm “normas ambíguas que limitam as liberdades”.
O advogado angolano Zola Bambi considerou hoje, em Luanda, “alarmantes” as detenções arbitrárias em Angola, que disse terem “proteção" das autoridades e "solidariedade institucional”, defendendo a necessidade de controlar essa violação dos direitos.
No passado sábado, 22 de junho, o partido UNTRA (Unidade Nacional para a Total Revolução de Angola) realizou uma manifestação pacífica em Luanda, perto do mercado de São Paulo. O encontro foi dedicado aos principais problemas enfrentados pelo povo angolano. Entre outras coisas, o vice coordenador geral do partido, Leonardo Marcos, levantou uma questão que recentemente tem sido ativamente discutida na mídia e nas redes sociais. Trata-se da construção de uma base militar dos EUA em Angola.
O ativista angolano Domingos da Cruz defendeu hoje que a solução para Angola sair da situação em que se encontra passa por uma revolução popular, à semelhança do que está a acontecer no Quénia.
A Friends of Angola (FoA), organização não-governamental, premiou hoje um grupo de ativistas angolanos, em forma de reconhecimento pelo seu trabalho nos últimos anos em defesa da democracia e dos direitos humanos.
O Tribunal Provincial de Luanda condenou, a dois anos e cinco meses de prisão, quatro dos sete ativistas detidos no sábado, na sequência de uma tentativa de manifestação, em Luanda, disse hoje à Lusa o advogado de defesa.