O ativista e `rapper` luso-angolano Luaty Beirão avisou hoje todos os deputados eleitos nas eleições de 24 de agosto em Angola que aceitarem os seus mandatos "é serem cúmplices de um crime contra o povo angolano".
Ativistas angolanos apelaram hoje à recontagem dos votos e à não validação dos resultados das eleições de 24 de agosto pelo Tribunal Constitucional, anunciando manifestações “ininterruptas” caso não seja atendidas as suas reivindicações.
Ativistas angolanos lançaram hoje a campanha “alternância sim, sofrimento não, o meu voto tem poder”, para a mobilização ao voto nas eleições gerais de agosto próximo, tendo em conta o clima de absentismo e o desespero por dias melhores.
O Tribunal da Comarca de Luanda absolveu hoje 20 ativistas dos crimes de desobediência à ordem de dispersão e de participação em motim, por insuficiências de provas, e condenou dois com pena de multa.
Mais de 20 ativistas angolanos estão a ser julgados sumariamente hoje, no Tribunal da Comarca de Luanda, após serem detidos no sábado, em Luanda, por tentativa de “manifestação não autorizada” pelas autoridades, disse hoje a polícia angolana.
O ativista luso-angolano Luaty Beirão considera que 20 anos depois do calar das armas em Angola falta ainda alcançar a paz social e critica o uso da paz como "arma de arremesso" pelo partido do poder (MPLA) que constantemente recorda "que ela é frágil"
O ativista angolano Sedrick de Carvalho considera que em 20 anos de paz em Angola "pouca coisa mudou" a nível das liberdades civis e políticas, tendo-se registado até "um retrocesso" na liberdade de expressão.
O angolano Luaty Beirão, a cabo-verdiana Mayra Andrade e a moçambicana Paulina Chiziane (Prémio Camões de 2021) figuram na primeira edição da “100 Power List”, que junta as personalidades negras mais influentes da lusofonia, iniciativa da revista digital Bantumen.
A família do ativista Inocêncio de Matos, morto há um ano por supostos disparos policiais, durante uma manifestação em Luanda, criticou hoje o “silêncio misterioso” dos órgãos de justiça sobre o processo, lamentando a “cosmética” concretização dos direitos humanos.
O ativista angolano Domingos da Cruz, autor do livro “Angola Amordaçada – A Imprensa ao Serviço do Autoritarismo”, considerou hoje que Angola “não é uma democracia” e quem usa as liberdades no país “coloca em risco a vida”.