Uma organização da sociedade civil angolana acusou hoje a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de “confundir a letra e o espírito da lei” ao tentar impedir que os cidadãos permaneçam junto às assembleias de voto nas eleições de dia 24.
Membros da sociedade civil angolana deram entrada hoje de uma ação popular junto do Tribunal Supremo (TS) angolano contra o Presidente angolano e os órgãos de informação públicos, pela “falta de isenção e tratamento desigual” os partidos políticos.
Um grupo de cidadãos angolanos vai interpor um processo contra o Presidente da República e quatro meios públicos angolanos por falta de isenção, classificando a comunicação social pública como “instrumento de propaganda política do partido do governo” (MPLA).
Membros da sociedade civil das 18 províncias angolanas vão monitorizar em tempo real as eleições de 24 de agosto, com o envolvimento de eleitores, observadores eleitorais e delegados, no âmbito do “Projeto Jiku”, anunciou hoje o ativista Luaty Beirão.
O jornalista angolano Victor Hugo Mendes diz que Angola “está no meio de um barril de pólvora”, nas eleições de agosto, e reconhece estar com medo do que acontecerá “se o MPLA fizer a batota que sempre fez”.
A Associação Íris Angola, única associação LGBT+ no país, organiza uma campanha fotográfica denominada “Veja Além do seu Preconceito”, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), visando promover a inclusão, foi hoje anunciado.
A voz crítica do porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom Belmiro Chissengueti, voltou a fazer-se ouvir num áudio que está a ser bastante partilhado nas redes sociais, no qual o também bispo de Cabinda lamenta a mentalidade dos governantes, a qual comparou com aquilo a que chama de “cabeça de pobre”, ou seja, com a pobreza mental e antropológica.
Membros da sociedade civil angolana alertaram hoje os organismos internacionais para o “cuidado na escolha de membros” para observação eleitoral em Angola, prevista para 2022, considerando que nas eleições anteriores houve “observadores questionáveis e com reputação duvidosa”.
O ativista angolano Domingos da Cruz, autor do livro “Angola Amordaçada – A Imprensa ao Serviço do Autoritarismo”, considerou hoje que Angola “não é uma democracia” e quem usa as liberdades no país “coloca em risco a vida”.
O centro de pesquisa sobre Angola Cedesa considera que o país precisa de vender participações e património no exterior e entrar em negociação com suspeitos em casos de corrupção, como Isabel dos Santos, para combater o défice de capital.