O economista-chefe do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) defendeu hoje que o continente africano pode ser a próxima fábrica do mundo, sem a desvantagem da poluição, aproveitando o acordo de livre comércio.
A analista do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Económicos e Sociais (UNDESA) que segue as economias lusófonas disse hoje à Lusa que o cenário de recessão em Angola é uma possibilidade se os riscos negativos se materializarem.
A consultora NKC African Economics considera que Angola deverá ter registado uma recessão de 5,5% no ano passado e vai crescer 2,2% este ano apesar do perigo da pandemia e da menor produção de petróleo.
No princípio de dezembro, o FMI anunciou que tinha aprovado a segunda etapa do PFI, e alertou que “a dívida de Angola permanece sustentável, mas o rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto aumentou substancialmente, e os já de si elevados riscos subiram ainda mais”.
O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Dias, considerou, nesta quinta-feira, que o Kwanza entrou para uma trajectória de apreciação, depois dos altos níveis de depreciação registados a partir de 23 Outubro.
As operações cambiais privadas passam a ser feitas, a partir do próximo mês de Janeiro, sem necessidade de apresentação de qualquer documentação, como acontece actualmente, anunciou o Banco Nacional de Angola (BNA), num aviso divulgado na sua página oficial na Internet.
O analista do Bank of America ML que segue Angola considerou hoje que a depreciação do kwanza está em linha com as recomendações do Fundo Monetário Internacional e sustenta os ajustamentos macroeconómicos em curso no país.
A moeda angolana voltou hoje a desvalorizar e transacionava hoje em 455,21 kwanzas face ao dólar, um dia depois do anúncio da liberalização da taxa de câmbio, segundo os dados oficiais divulgados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Banco Central ajustou de 17% para 22% o coeficiente de reservas obrigatórias para moeda nacional. Ou seja, ao mesmo tempo que liberaliza a taxa de câmbio, o BNA entende que há excesso de Kwanzas no mercado.
O Banco Nacional de Angola deixou de impor o limite de uma variação máxima de 2% nos leilões de divisas que realiza diariamente, permitindo assim que a moeda nacional oscilasse livremente, segundo o regulador financeiro.