Citado pela agência de informação financeira Bloomberg, o analista Rukayat Yusuf acrescenta que a desvalorização da moeda nacional angolana, que caiu 37% este ano, significa que está mais perto do seu valor real.
Para Rukayat Yusuf, dada a diferença de mais de 30% entre a taxa oficial e a taxa paralela, é natural que continue a haver volatilidade no mercado cambial da terceira maior economia da África subsaariana.
Sobre as reservas internacionais, que caíram em setembro para 10,1 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde pelo menos 2011, as notícias que apontam para uma emissão de dívida pública em moeda estrangeira no próximo mês são positivas porque podem ajudar a aliviar as persistentes pressões sobre as reservas em moeda estrangeira.
O BNA anunciou na semana passada uma série de medidas tomadas na reunião extraordinária do Comité de Política Monetária, entre as quais o fim da margem de 2% sobre a taxa de câmbio de referência que era praticada pelos bancos comerciais na comercialização de moeda estrangeira no mercado interbancário e aos clientes.
No início do ano, o BNA tinha já retirado o limite de 2% imposto aos bancos no leilão de divisas e elimina agora a margem de 2% que os bancos podem aplicar, esperando encontrar um equilíbrio cambial até ao final do ano.
O comité de política monetária do BNA decidiu também manter inalterada a taxa de juro nos 15,5% e ajustou de 17% para 22% o coeficiente de reservas obrigatórias para moeda nacional.