A UNITA, oposição angolana, afirmou hoje ter sido apanhada de surpresa pela operação de busca de ossadas na Jamba lançada pelo Governo, que descreve como “propaganda política” e contrária ao “apaziguamento dos espíritos”.
A UNITA questionou hoje os receios em torno da sua iniciativa de destituir o Presidente angolano, negando quaisquer objetivos de golpe de Estado e sublinhando que esta é uma escolha do povo e não uma questão partidária.
O MPLA disse hoje que a pretensão da UNITA (oposição) de destituir o Presidente angolano “não tem pernas para andar”, do ponto de vista político e jurídico, por falta de ações ou omissões de João Lourenço que justifiquem tal iniciativa.
A UNITA (oposição) disse hoje que o pedido de destituição do Presidente angolano “é uma sanção” sobre a sua gestão política, económica, financeira e patrimonial e convidou todos os deputados a afastarem João Lourenço, no parlamento, “para o bem do povo”.
A UNITA convidou hoje todos os deputados da Assembleia Nacional a votarem favoravelmente pela destituição do Presidente angolano e “contribuírem para a salvação de Angola” e defesa do Estado democrático de Direito.
O ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco considerou hoje “muito interessante e de grande alcance” a iniciativa de destituição do Presidente angolano, sobretudo em termos políticos, considerando que o pedido indica “aspetos muito graves” que se passam em Angola.
O Presidente João Lourenço vai ser o primeiro Presidente da República na história recente e política de Angola a enfrentar um processo de impeachment, isto é, de destituição do cargo que ocupa desde Setembro de 2017. A agravar tal facto está ainda o imperativo constitucional e legal de que a votação para o efeito deve ser feita de forma secreta e não por aclamação (mão no ar).
O MPLA, partido no poder em Angola, acusou hoje a UNITA (oposição) de ser “irresponsável” e de querer ascender ao poder “sem legitimação”, afirmando que os seus deputados vão tomar providências para impedir que o parlamento angolano seja instrumentalizado.
O politólogo angolano David Sambongo classificou hoje de “ “histórico” requerimento formal de destituição do Presidente angolano, João Lourenço, pela oposição, mas admitiu que o pedido “não tem pernas para andar” no parlamento.
O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) apresentou hoje uma iniciativa de acusação e destituição do Presidente angolano, João Lourenço, por alegadamente ter subvertido o processo democrático no país e consolidar um regime autoritário que atenta contra a paz.