Os valores publicados, com base em dados de fontes secundárias, registam um aumento da produção, depois de uma quebra de 22 mil barris por dia em dezembro, face ao mês anterior.
Em novembro de 2020, a contagem da OPEP assinalou 1,190 milhões de barris diários, sendo que esta produção viria a baixar no mês seguinte, para 1,168 milhões de barris por dia.
Angola manteve a posição de segundo maior produtor africano de crude na OPEP, atrás da Nigéria.
A Nigéria, líder africana na produção petrolífera, viu a sua produção diária diminuir, para 1,342 milhões de barris, depois de uma queda na produção de 31 mil barris por dia.
Durante praticamente todo o ano de 2016 e até maio de 2017, Angola liderou a produção de petróleo em África, posição que perdeu desde então para a Nigéria.
A produção na Nigéria foi condicionada, entre 2015 e 2016, por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.
De acordo com os dados da OPEP, Angola registou, no ano de 2020, uma produção diária média de 1,262 milhões de barris, uma redução de 139 mil barris por dia face a 2019.
A Nigéria registou uma quebra de 203 mil barris por dia em 2020 face ao ano anterior.
O mais recente relatório da OPEP refere também que, em termos de "comunicações diretas" à organização, Angola terá produzido 1,133 milhões de barris por dia em janeiro, menos 12.000 barris por dia que no mês anterior.
No caso da Nigéria, a produção diária situou-se em 1,382 milhões de barris em janeiro, embora tenha registado um aumento na ordem dos 208 mil barris por dia face ao mês anterior.
Devido às consequências da pandemia de covid-19, com o impacto na economia e a diminuição do consumo, o Comité Técnico Conjunto da OPEP recomendou vários cortes na produção de petróleo.
Em termos oficiais, a produção média de Angola durante 2020 foi de 1,277 milhões de barris por dia, enquanto que o valor nigeriano alcançou os 1,477 milhões de barris.
A pandemia atingiu a procura de petróleo devido ao abrandamento económico global, com restrições à circulação, o teletrabalho e a redução das viagens a provocarem a queda do consumo de energia.
Angola foi eleita, em 30 de novembro, para a presidência rotativa da conferência de ministros da OPEP em 2021, em substituição da Argélia.
A OPEP existe desde 15 setembro de 1960 e integra a Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.