"Prevemos que o taxa de câmbio do kwanza face ao dólar vá, até final do ano, anular alguns ganhos recentes, para atingir uma média de 645,4 kwanzas por dólar em 2021, o que compara com uma média de 578,3 kwanzas por dólar em 2020", escrevem os analistas, numa nota sobre a evolução da moeda angolana.
No comentário, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta filial africana da britânica Oxford Economics apontam que "o risco de uma forte depreciação na moeda mantém-se elevado devido à incerteza no mercado energético causada pela pandemia de covid-19".
Além disso, acrescentam, "apesar da recuperação no sentimento sobre o risco, que aliviou riscos de curto prazo, o kwanza vai provavelmente continuar pressionado no curto prazo devido à forte dependência do setor petrolífero, que está a enfrentar um declínio na produção devido a questões operacionais e falta de investimento".
A moeda angolana valorizou-se 2,4% desde o princípio do ano até dia 10 de junho, melhorando o câmbio para 642 kwanzas por dólar, num período em que o preço do petróleo aumentou quase 46%, para 72,4 dólares por barril devido à forte procura asiática, fazendo subir o fluxo de dólares para Angola.
"Isto, com conjunto com o fluxo de reservas proveniente do desembolso do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante este período, sustentou o fortalecimento do kwanza, que se desvalorizou em 27% durante o ano passado".