Terceira vaga de covid-19 provoca lotação de funerárias em Portugal

Post by: 30 Janeiro, 2021

Diante da explosão do número de mortes relacionadas à covid-19 em uma virulenta terceira vaga da pandemia em Portugal, as casas funerárias estão à beira do colapso e redobram a vigilância em matéria de segurança sanitária.

Segundo dados recolhidos pela AFP, Portugal é actualmente o país mais afectado no mundo pela covid-19, em proporção a sua população de 10 milhões de habitantes.

Até o momento, o balanço total da pandemia chega a mais de 12.000 mortes, das quais quase a metade ocorreu desde o início do ano.

A 15 de Janeiro, o país foi submetido a um segundo confinamento geral.

Actualmente, a funerária Velhinho faz entre três e quatro atendimentos por semana a asilos devido ao coronavírus.

"O número de mortos triplicou em relação a Janeiro do ano passado", explica José Santos, ao volante da viatura funerária.

Na casa de repouso, o corpo é colocado numa bolsa mortuária antes de ser transportado numa maca para o veículo da funerária. "Tem que ser assim agora, com as medidas de segurança e higiene, agora vamos para as nossas instalações fazer o resto", diz o funcionário de 62 anos.

Na casa funerária, a fase de preparação continua numa garagem, em meio a pilhas de novos caixões de madeira ornamentada.

Artur Palma e José Santos completam os seus equipamentos com protecções médicas para calçados, óculos especiais, aventais e máscaras.

Durante a preparação dos corpos, os dois homens abrem primeiro a tampa do caixão e colocam o corpo envolto em um lençol. Nenhum tratamento é praticado devido aos riscos de contágio.
Em vez disso, tudo é pulverizado com desinfectante.

Em seguida, vem a fase de selagem. Também neste caso, as medidas de higiene são reforçadas. Depois de fechar o caixão, as bordas são cobertas com uma longa fita adesiva e envolvidas com várias camadas de celofane. O cadáver então transferido para a câmara mortuária, onde todo o espaço é ocupado pelas vítimas da covid-19.

"É um verdadeiro caos, são tantas mortes, não temos lugar para guardar tantos corpos, está tudo sobrecarregado. Já perdi minha tia, o meu primo, o meu pai e o meu avô para a covid-19", lamenta Palma.

Na Velhinho, apenas quatro funcionários atendem ao alto fluxo de mortes nas últimas semanas.

"É muito complicado para nós, mas também para nossas famílias, que felizmente estão lá para nos apoiar", diz Santos.

"É um fardo enorme em todos os níveis, físico, psicológico, dormimos pouco e atingimos o nosso limite", afirma Palma.

Segundo dados recolhidos pela AFP, Portugal é actualmente o país mais afectado no mundo pela covid-19, em proporção a sua população de 10 milhões de habitantes.

Até o momento, o balanço total da pandemia chega a mais de 12.000 mortes, das quais quase a metade ocorreu desde o início do ano.

A 15 de Janeiro, o país foi submetido a um segundo confinamento geral.

Actualmente, a funerária Velhinho faz entre três e quatro atendimentos por semana a asilos devido ao coronavírus.

"O número de mortos triplicou em relação a Janeiro do ano passado", explica José Santos, ao volante da viatura funerária.

Na casa de repouso, o corpo é colocado numa bolsa mortuária antes de ser transportado numa maca para o veículo da funerária. "Tem que ser assim agora, com as medidas de segurança e higiene, agora vamos para as nossas instalações fazer o resto", diz o funcionário de 62 anos.

Na casa funerária, a fase de preparação continua numa garagem, em meio a pilhas de novos caixões de madeira ornamentada.

Artur Palma e José Santos completam os seus equipamentos com protecções médicas para calçados, óculos especiais, aventais e máscaras.

Durante a preparação dos corpos, os dois homens abrem primeiro a tampa do caixão e colocam o corpo envolto em um lençol. Nenhum tratamento é praticado devido aos riscos de contágio.
Em vez disso, tudo é pulverizado com desinfectante.

Em seguida, vem a fase de selagem. Também neste caso, as medidas de higiene são reforçadas. Depois de fechar o caixão, as bordas são cobertas com uma longa fita adesiva e envolvidas com várias camadas de celofane. O cadáver então transferido para a câmara mortuária, onde todo o espaço é ocupado pelas vítimas da covid-19.

"É um verdadeiro caos, são tantas mortes, não temos lugar para guardar tantos corpos, está tudo sobrecarregado. Já perdi minha tia, o meu primo, o meu pai e o meu avô para a covid-19", lamenta Palma.

Na Velhinho, apenas quatro funcionários atendem ao alto fluxo de mortes nas últimas semanas.

"É muito complicado para nós, mas também para nossas famílias, que felizmente estão lá para nos apoiar", diz Santos.

"É um fardo enorme em todos os níveis, físico, psicológico, dormimos pouco e atingimos o nosso limite", afirma Palma.

- --