O novo chefe de Estado angolano, João Lourenço, completa quinta-feira os 100 dias de liderança, marcados por um discurso de acérrimo combate à corrupção e más práticas, e uma rutura com a máquina de Governo que recebeu de José Eduardo dos Santos.
Angolanos contactados pela Lusa consideram importante a luta contra a corrupção, a palavra de ordem do novo Presidente de Angola, mas colocam à frente o desejo de ver melhoradas as condições de saúde e educação.
O Banco Nacional de Angola inicia este ano um “ajustamento controlado da taxa de câmbio” para conseguir uma desvalorização gradual da moeda nacional e eliminar a diferença entre a taxa oficial, de 166,7 kwanzas por dólar, e a do mercado informal, de 400 kwanzas, escreveu o Jornal de Angola.
Dez mortos, por causas diversas, é o balanço provisório da passagem de ano em Angola, segundo a Polícia angolana, que registou ainda 107 crimes, a detenção de 173 cidadãos e a apreensão de seis armas de fogo.
Um surto de cólera fez já cinco mortes na cidade da província angolana do Uíge, que enfrenta desde os últimos dias uma epidemia da doença, informaram as autoridades governamentais.
Os protestos no Congo contra o Presidente Joseph Kabila já provocaram oito mortos e levaram à detenção de mais de cem pessoas, informou hoje fonte da Organização das Nações Unidas (ONU).
As forças de segurança congolesas, após dispararem tiros para o ar e lançarem gás lacrimogéneo numa igreja no centro de Kinshasa, iniciaram operações para impedir qualquer marcha contra o poder do presidente Joseph Kabila.
Os independentistas da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) exortaram hoje Portugal e o primeiro-ministro português a "assumirem responsabilidades" naquele enclave, dando "voz" aos cabindas, que reclamam a independência de Angola.
O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, manifestou a convicção de que, se as eleições gerais fossem hoje, o resultado a favor do Presidente João Lourenço seria muito mais expressivo e a sua legitimidade sairia ainda mais reforçada.
A passagem de ano na capital angolana, Luanda, volta este domingo a fazer-se entre as habituais festas e roupa a condizer e as vigílias nas igrejas, entre cânticos e orações para agradecer a paz em Angola.
O governador da província de Luanda, Adriano de Carvalho, admitiu hoje que o rápido crescimento populacional da cidade "concorreu para o aumento de problemas de difícil resolução", referindo entre outras áreas a saúde, saneamento básico e recolha de lixo.