O ex-conselheiro do Presidente angolano Fernando Pacheco desvalorizou hoje o risco de um "banho de sangue" após as eleições, invocados pela oposição para não fazer ações de rua, mas criticou a presença de militares na rua.
O MPLA repudia manifestações discursivas que contrariam a ação imediata do executivo angolano e ações que visam alterar o sentimento expresso pelos angolanos nas eleições e diz que jamais se alinhará com partidos que não respeitam a Constituição.
Deputados do Movimento Popular de Libertação de Angola (no poder) disseram hoje que “não têm receios” das autarquias, cujo parlamento tem pendente uma lei do pacote legislativo autárquico, e admitem que a nova legislatura será “desafiante e com fortes debates”.
O líder do MPLA ou chefe de Estado angolano, João Lourenço, prometeu hoje “ser o Presidente de todos os angolanos” e promover o desenvolvimento económico e o bem-estar da população, ao discursar na cerimónia da sua posse.
O Presidente angolano prometeu hoje promover a melhoria dos salários e das condições de aquartelamento dos militares “logo nos primeiros dias” do seu Governo, uma vez que a defesa da soberania e da ordem pública “é sagrada” para Angola.
Os deputados do MPLA, no poder em Angola, prometeram hoje “mostrar mais trabalho” durante a nova legislatura que se inicia, após as eleições, e “desconstruir a ideia” de que estão apenas na Assembleia Nacional em busca das regalias.
O MPLA, vencedor das eleições angolanas, pediu hoje aos cidadãos que “mantenham a tranquilidade” e respeitem a Constituição e a lei, assegurando que as instituições do Estado continuarão a servir o povo e a “garantir a paz e tranquilidade social”.
O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai deslocar-se a Luanda para a cerimónia em que João Lourenço tomará posse para um segundo mandato como Presidente de Angola, marcada para quinta-feira, 15 de setembro.
O secretário provincial da UNITA em Luanda, Nelito Ekuikui, acusou o partido no poder em Angola, MPLA, de estar a divulgar uma lista de “alvos a abater” e desafiou o regime a “matar mesmo” em vez de fazer ameaças.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa considera ser “cedo demais” para que o MPLA reclame a vitória nas eleições angolanas e que “não será bom” para o Presidente João Lourenço iniciar um segundo mandado “sem tudo estar clarificado”.