“Estamos cientes de que há ainda muito por fazer e que a grande obra da promoção do desenvolvimento de Angola não é realizável em apenas duas décadas de paz”, disse João Lourenço, no discurso proferido durante as comemorações do 50.º aniversário da independência, na Praça da República, em Luanda.
O chefe de Estado defendeu que os angolanos devem “preservar e valorizar as conquistas alcançadas, para que juntos” possam construir um futuro melhor e “Angola se possa orgulhar dos seus filhos”.
Ao assinalar o cinquentenário da independência, João Lourenço destacou também a importância da paz conquistada em 2002: “Uma vez conquistada a paz e criadas as premissas para uma efetiva reconciliação nacional, aproveitemos esta oportunidade única para construirmos juntos uma sociedade inclusiva e com igualdade de oportunidades para todos os cidadãos”.
O chefe de Estado considerou essencial que Angola canalize a energia nacional para “a consolidação da economia, o desenvolvimento económico e social do país”, que deve ser o principal foco, apelando: “não deixemos que as disputas e querelas partidárias consumam grande parte do nosso tempo e das nossas energias”.
Lourenço defendeu igualmente o “fortalecimento do setor privado e um maior investimento na educação, para reduzir o analfabetismo e “retirar ao máximo possível as crianças que se encontram fora do sistema de ensino”.
“Precisamos todos de trabalhar mais e melhor e de criar a consciência de que o progresso e o desenvolvimento não vêm apenas da ação dos governos, mas sim do esforço coletivo e conjugado de toda a sociedade”, acrescentou.
Lourenço sublinhou que o país está “a dar passos firmes para romper o ciclo de subdesenvolvimento” e apontou o Corredor do Lobito como um projeto de “grande envergadura”, que vai desempenhar um papel decisivo na interconexão com África e “tornar a economia nacional mais robusta e capaz de responder às necessidades do país”.
Por outro lado, considerou essencial que o país “valorize os que arregaçam as mangas e fazem acontecer”, sendo estes os merecedores de medalhas que o executivo vai continuar a entregar no âmbito dos 50 anos de independência.





