O relatório do DOJ indica que, entre 2011 e 2017, agentes e funcionários da BCG efectuaram pagamentos de comissões a um representante local em Angola com o objectivo de garantir contratos com órgãos do Governo angolano, nomeadamente o Ministério da Economia e o BNA. Contudo, o documento não aponta qualquer envolvimento do BNA, enquanto instituição, ou dos seus funcionários, nessas práticas.
O BNA sublinha que todos os contratos firmados com a BCG seguiram os procedimentos rigorosos de conformidade exigidos pela instituição, e que não houve nenhuma comunicação ou prática que violasse as normas legais e éticas estabelecidas pelo banco.
"Não há quaisquer indícios de que o Banco Nacional de Angola tenha actuado de forma imprópria ou esteja envolvido nas acções mencionadas”, afirmou um porta-voz do banco, de acordo com o Jornal de Angola na sua edição desta sexta-feira.
O BNA reafirma o seu compromisso com as melhores práticas de governação e com a integridade em todos os seus processos de contratação e execução de serviços.
A investigação do DOJ concentrou-se nas acções da BCG e dos seus agentes em Portugal, que tiraram partido das suas relações próximas com funcionários do Governo para assegurar contratos. Esses agentes, conforme o relatório, agiram de forma isolada e sem o conhecimento das instituições envolvidas.
"Este episódio reforça a importância de mantermos elevados padrões de conformidade e transparência. Continuaremos a trabalhar para assegurar que todas as nossas operações estejam em total alinhamento com os princípios legais e éticos”, disse o porta-voz do BNA.
O Banco Nacional de Angola conclui o comunicado manifestando a sua disponibilidade para colaborar com as autoridades competentes e reafirma a sua postura de transparência e compromisso com a legalidade em todas as suas actividades.