Jeanette Seppen, que falava à margem do seminário de capacitação sobre proteção social Transform assinalou que a UE tem dado “o apoio possível ao Governo e à população angolana no sentido de encontrar respostas” para os desafios de combate à pobreza e reforço da proteção social.
“Infelizmente, não se pode fazer tudo de uma vez, mas juntamente com as Nações Unidas e outros parceiros, continuamos a tentar responder a estas questões”, afirmou, acrescentando que a pandemia de covid-19 dificultou a resposta a estes problemas.
Seppen adiantou que a UE vai dar continuidade aos projetos que têm sido desenvolvidos com o Governo angolano neste domínio e está a negociar um novo programa plurianual para os próximos sete anos, com montantes ainda por definir, cujas áreas prioritárias são a diversificação económica, governança e finanças públicas, proteção social e desenvolvimento de capital humano.
A UE tem vários programas atualmente em curso, entre os quais o Fresan (Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola), o maior em termos de mobilização financeira (65 milhões de euros para o período de 2018 a 2024), gerido pelo instituto Camões e que visa fortalecer a segurança alimentar e nutricional em Angola.
A embaixadora europeia notou, por outro lado, que as reformas não se fazem de um dia para o outro.
“Por isso, a parceria entre a UE e Angola dura há muitos anos, com passado e com certeza com futuro”, enfatizou Jeanette Seppen, apontando a deslocação do presidente do Conselho Europeu a Angola como demonstrativa do “interesse, amizade e a vontade de continuar a trabalhar juntos nessa parceria”.
O Transform (Pacote de Aprendizagem e Transformação para a Construção e Gestão de Sistemas de Proteção Social em África), dirigido a decisores políticos, é um programa direcionado para aprendizagem sob a administração dos níveis nacionais de proteção social em África.