A informação foi transmitida pelo presidente do grupo parlamentar da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiyaka, lamentando a alegada “concorrência desleal” entre a transportadora angolana TAAG e similares estrangeiras, em tempo da pandemia de covid-19.
Em declarações à margem da sexta reunião plenária extraordinária da quarta sessão legislativa do parlamento angolano, Chiyaka fez saber que a petição para audição ao ministro dos Transportes, Ricardo Abreu, surge para perceber a “existente concorrência desleal”.
“A TAAG está proibida de voar para vários destinos, mas constatamos que muitas companhias aéreas voam normalmente para Angola e estamos a perder em termos de concorrência”, justificou.
Para o deputado da UNITA, maior partido na oposição angolana, a TAAG “deve ser capacitada e viabilizada no sentido de poder concorrer em igualdade com as outras empresas”,
“Não podendo fazer isso, estaremos a prejudicar a nossa empresa pública e colocar em causa vários postos de trabalho”, frisou.
Desde 16 de janeiro que Angola suspendeu as ligações diretas com Portugal, África do Sul e Brasil devido ao surgimento de novas estirpes do coronavírus que provoca a covid-19.
Tal como a TAAG, a TAP não está a realizar voos entre Portugal e Angola desde essa altura, mas outras companhias, como a Air France, a Emirates ou a Qatar Airways continuam a operar, estando os passageiros sujeitos a um teste pós-desembarque à chegada ao Aeroporto Internacional de Luanda, além de um teste pré-embarque, RT-PCR, até 72 horas antes da partida.
Angola acumula, desde o início da pandemia, 20.640 casos, dos quais 501 óbitos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.