O sociólogo angolano Paulo Inglês considerou hoje “extremamente agressiva e perigosíssima” as afirmações de um dirigente do MPLA, partido no poder, que chamou o líder da UNITA de “lunático” por pensar em vencer as próximas eleições gerais.
O secretário do MPLA para os Assuntos Políticos e Eleitorais desvalorizou hoje a existência de mortos nos cadernos eleitorais e recorreu à comparação com Portugal para afastar riscos de fraude.
O atual presidente de Angola abriu a porta da mudança e fez com que a sociedade angolana manifeste um sentido de urgência inédito. O líder da UNITA vislumbra uma hipótese inédita de chegar ao poder e para tal alia-se à família dos Santos.
O líder da UNITA reiterou hoje ter mantido encontros com dirigentes do MPLA para abordar uma eventual transição pós-eleitoral e criticou os adversários por defender ilegalidades e ameaçar com instabilidade para se manter no poder.
Um dirigente do MPLA disse que só “um lunático” pensaria derrotar o partido que governa Angola desde 1975 e avisou o líder da UNITA para se conter em ações “que periguem a estabilidade”, evocando a morte de Savimbi.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana não aceitou o pedido da UNITA, maior partido da oposição, para anular a estrutura de apuramento de resultados aprovada pelo órgão eleitoral.
Organizações não-governamentais angolanas consideram que a primeira semana de campanha eleitoral em Angola defraudou as expectativas criadas nos cidadãos eleitores e apontam acusações mútuas, o uso da linguagem de ódio, o recurso ao passado de guerra e a falta de ética política como sendo a tónica dos discursos dos dirigentes dos partidos MPLA e UNITA.
A UNITA, maior partido da oposição, denunciou hoje atos de intimidação em todo país, que impediram a realização da marcha nacional para “defesa da legalidade e igualdade de tratamento” dos partidos concorrentes às eleições gerais de 24 de agosto.
Quer ser um Presidente com menos poder e menos partido. Se vencer as eleições, o líder da UNITA vai sanar conflito com família de José Eduardo dos Santos, alvo de "postura vingativa" de João Lourenço.
A UNITA acusou hoje o Governo Provincial de Luanda (GPL) de usar “subterfúgios” para rejeitar uma marcha da oposição para reivindicar “igualdade de tratamento no processo eleitoral” em Angola, e prometeu reagendar caso se mantenham "as ilegalidades".