O Brent em Londres sobe 1,72% para 70,55 dólares, tendo superando a barreira dos 70 dólares pela primeira vez desde janeiro de 2020. O WTI, que é transacionado em Nova Iorque, soma 1,56% para 67,12 dólares.
A aliança militar liderada pela Arábia Saudita anunciou domingo que destruiu dez novas "bombas drone" lançadas pelos rebeldes chiitas Houthi do Iémen, elevando para 16 o número de aparelhos dirigidos contra o sul desde sexta-feira.
Apesar dos ataques não terem resultado em qualquer dano, foram os mais graves desde que em 2019 a maior refinaria saudita foi parcialmente destruída por ataques com drones, o que está a gerar instabilidade no mercado petrolífero.
Um destes ataques foi contra o terminal petrolífero Ras Tanura, que é o maior do mundo, capaz de exportar 6,5 milhões de barris por dia, o que representa cerca de 7% da procura mundial. É nesta infra-estrutura que é armazenado grande parte do petróleo saudita, que depois abastece os super-petroleiros.
Os média sauditas estimam que cerca de 600 aeronaves não pilotadas e 400 mísseis foram lançados sobre o reino desde que o Governo dos Estados Unidos decidiu, em 4 de fevereiro, eliminar o movimento Houthi da lista de grupos terroristas.
O aumento destes ataques coincide com os confrontos entre as forças do internacionalmente reconhecido Governo iemenita, apoiado pela aliança árabe, e os rebeldes dos arredores da cidade de Marib, cujo controlo está a tentar ser tomado pelos Houthis.
O conflito armado começou em 2014 no Iémen, depois dos rebeldes terem pegado em armas contra o governo do presidente Abdo Rabu Mansur Hadi e terem tomado a capital Saná, o que se intensificou após a intervenção militar da aliança árabe, em março de 2015.