O Presidente angolano, João Lourenço, decretou hoje a prorrogação do período do registo eleitoral por mais sete dias, que visa recensear o universo de eleitores para as eleições de agosto próximo.
Os despachos de anotação dos congressos dos seis partidos angolanos que realizaram a sua reunião magna em 2021 foram já publicados em Diário da República, oficializando as direções e decisões saídas desses conclaves.
Nove organizações não-governamentais angolanas e membros da sociedade civil apelam ao executivo angolano para que prolongue o prazo para o registo eleitoral face à “insatisfação exposta em Angola e na diáspora” pelo mau funcionamento dos balcões de atendimento.
O grupo parlamentar da UNITA, maior partido da oposição angolana, defendeu hoje a necessidade de se instituir um Tribunal Eleitoral “respeitador da vontade soberana do povo, que organiza eleições livres, justas, transparentes, democráticas e credíveis”.
O político angolano Abel Chivukuvuku criticou hoje o atraso do Tribunal Constitucional na anotação dos congressos dos partidos políticos por criar “incertezas” numa altura em que se preparam já as eleições gerais previstas para agosto.
A consultora Oxford Economics Africa considerou hoje que o Governo de Angola vai provavelmente "usar e abusar dos recursos estatais" para garantir a vitória nas presidenciais, antevendo mais confrontos entre apoiantes do MPLA e da UNITA.
O ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco lamentou hoje a “exclusão” de pessoas que querem fazer política em Angola e criticou o que considerou serem “comportamentos inaceitáveis”, a propósito dos confrontos recentes entre militantes do MPLA (no poder) e UNITA (oposição).
O empresário Francisco Viana, um dos mentores do congresso “Pensar Angola”, denunciou hoje intimidações sobre a organização e lamentou o boicote da comunicação social pública angolana à cobertura da iniciativa, admitindo formalizar queixa junto do regulador.
O Serviço Nacional de Contratação Pública angolano considerou “sem fundamentos” uma eventual intervenção para corrigir o concurso público realizado pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) para adquirir serviços tecnológicos e logísticos para as eleições deste ano, vencido pela espanhola Indra.
A UNITA, maior partido da oposição angolana, disse que vai provar em tribunal que a empresa selecionada pelo Governo para apoiar o processo eleitoral, a espanhola Indra, “tem antecedentes criminais contra a República de Angola”.